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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Como é difícil compreender a complexidade e a riqueza dos vínculos familiares.



Diante de vários modelos de família que vem se constituindo nos dias de hoje encontra-se uma grande dificuldade em achar um só conceito para o significado de família. Sendo assim transcrevo alguns dos conceitos que vem fazendo parte dessa construção histórica da família.
A família é a primeira instituição da sociedade, considerada provavelmente a mais antiga e mais importante criação humana e social. Essa criação originou-se primeiramente como relação natural e espontânea, diferenciando-se ate chegar à configuração moderna de monogamia.
Na constituição Brasileira de 1988, define o Art. 226, no parágrafo 4 o conceito legal de família. Diz que: “entende-se como entidade familiar a comunidade formada por qualquer um dos pais e seus descendentes”. E se tratando ainda de legislação o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no seu art. 25, transcreve como conceito de família natural “a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus antecedentes”.
Essas definições acabam dando ênfase à existência de vínculos de filiação legal, que pode ser de origem natural ou adotiva, independentemente do tipo de arcanjo familiar, não importando se a família é do tipo “nuclear”, “monoparental” (são famílias decorrentes de divorcio ou separações), ”reconstituídas” ou outras. As referencias das legislações são fundamentais para a definição de deveres da família, sociedade e Estado em relação à criança e ao adolescente.
E mesmo com todas as definições legais de família, isso não supre a necessidade de compreender a complexidade e riqueza dos vínculos familiares. Uma definição mais ampla de “família” aponta que, família pode ser pensada como um grande grupo de pessoas que são unidas por laços consangüíneos, de aliança, e de afinidade. Com o passar dos anos o conceito de família vem sendo modificado conforme a época.
Na atualidade, a família deixa de ser aquela constituída unicamente por casamento forma e diversifica-se abrangendo as unidades familiares que são formadas pelo casamento seja ele civil ou religioso, ou também por união estável.
Os grupos familiares podem ser formados por qualquer um dos pais ou por tios, netos ou sobrinhos, as mães solteiras também acabam constituindo “família” e pela união de homossexuais. E toda essa dinâmica familiar acaba com qualquer tipo de discriminação relacionada à estrutura familiar e se estabelece a igualdade entre os filhos legítimos, naturais ou adotivos. Esses novos conceitos de família vêm sendo construídos se baseando mais no afeto do que nas relações de consangüinidade, parentesco ou casamento.
Podemos concluir então que não existe um único modelo familiar. A família, pela perspectiva histórica, tem se apresentado em diversas composições e características. Inclusive num mesmo espaço histórico, têm coexistido e ainda coexistem diversos modelos familiares, embora sempre haja um que seja hegemônico.
Nos dias de hoje a família tornou-se uma instituição fragilizada que está a deriva de uma evolução da era da informática, onde as pessoas reúnem-se na frente das maquinas, dando prioridade aos programas de televisão e computadores. E esse novo modelo de família acaba fazendo com que as crianças desencadeiem distúrbios de socialização seguidos de muitas dificuldades.  
Conforme mencionado anteriormente, a família sendo uma das instituições mais antigas vem mudando de acordo com as influencias que ocorrem em cada década. Essas mudanças sofrem a influencia do ambiente, da mídia, da comunidade e da própria sociedade com seu modelo consumista e seus valores distorcidos, e por mais que todos estejam envolvidos com esses fatores, os pais têm que saber de fato qual o papel que exercem dentro dos lares. Quais são as suas responsabilidades para tentar conduzir a melhor forma de manter o ambiente familiar em harmonia, sempre mantendo a comunicação aberta e o respeito. Sendo assim, diante de todas as mudanças que vem ocorrendo, se os pais mantiverem sempre a postura correta em exercer seu papel, saberão educar seus filhos. Educar os filhos é ensinar, e esse ensinamento começa nos pequenos vôos e em cuidar de suas asas, assim quando chegar à adolescência isso os permitirá realizar seus vôos agora mais longos, até que sua viagem chegue à vida adulta.
“EDUCAR É MAIS QUE MISSÃO, É COMPROMISSO, É RESPONSABILIDADE.”
Respeito e responsabilidade são o que devemos passar aos nossos filhos; a racionalidade ao invés do impulso; bem como a caridade e a fraternidade, só assim teremos êxito e se tornarão adultos mais tranqüilos e felizes e todas essas características são aprendidas com exemplos dos pais.

 
Fernanda do Nascimento
Psicóloga/ CRP 12/09714

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